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Escolas poderão adotar atividades opcionais a partir de 8 de setembro; mas alunos só poderão participar se tiverem autorização dos pais.Estudantes e profissionais do grupo de risco permanecem obrigatoriamente em atividades remotas.
O governo de São Paulo adiou a reabertura das escolas públicas e privadas no estado para o dia 7 de outubro. O anúncio foi feito na sexta-feira (7) pelo governador João Doria (PSDB). A medida vale tanto para a rede pública quanto a privada, da educação infantil até o ensino superior.
A princípio, a data de volta às aulas seria 8 de setembro, mas o governo estadual adiou por recomendação do Centro de Contingência do Coronavírus para garantir uma margem de segurança maior para as crianças, adolescentes, professores, gestores e profissionais da rede pública e privada de ensino e seus familiares, de acordo com o governador João Doria (PSDB).
Porém, as escolas públicas e privadas de regiões que estão na fase amarela do plano de flexibilização econômica há 28 dias, e desejarem, poderão antecipar a reabertura para reforço escolar, tutoria, atividades esportivas a partir do dia 8 de setembro.
Só poderão participar dessas atividades alunos que tiverem autorização dos pais. Estudantes e profissionais do grupo de risco permanecem obrigatoriamente em atividades apenas remotamente.
O secretário da Educação, Rossieli Soares, também afirmou que os municípios terão autonomia de determinar as regras de reabertura da rede escolar das cidades a partir de 7 de outubro.
Quais são os requisitos para a retomada das aulas presenciais?
Com as mudanças, para a retomada das aulas presenciais no dia 7 de outubro será necessário que nos primeiros 14 dias 80% da população do estado já esteja na fase amarela e nos outros 14, 100%.
Apesar, de atualmente, 86% da população estar nessa fase, conforme apresentado nesta sexta na recalibragem da classificação das regiões, a gestão estadual decidiu seguir a recomendação do comitê de saúde e adiar o retorno para outubro.
Todos os alunos podem frequentar as atividades opcionais?
Não. A escolas que desejarem reabrir no dia 8 de setembro para atividades opcionais deverão respeitar algumas regras, são elas:
Receber até 35% da sua capacidade para alunos da educação infantil e fundamental e nos anos iniciais;
Receber até 20% da sua capacidade para alunos do Ensino Médio e anos finais.
Manter o distanciamento de 1,5 metro entre os estudantes.
O distanciamento tem exceções, como no caso da educação infantil e creches, em que não há como manter essa distância entre bebês e cuidadores.
Quem volta no dia 7 de outubro?
A volta será feita em esquema de rodízio de alunos definido pelas próprias escolas e dividida em três fases de retomada:
Primeira fase: somente 35% dos alunos de cada classe poderão frequentar as escolas a cada dia. Ou seja, em um dia vai um grupo, em outro dia, vai outro. Mas a Secretaria não informou qual modelo de rodízio as escolas devem se inspirar.
Segunda fase: até 70% dos alunos poderão frequentar as escolas a cada dia.
Terceira fase: 100% dos alunos podem voltar às salas de aula.
Cada escola poderá optar pela reabertura regionalizada mediante processo de escuta da comunidade escolar.
Quais escolas podem voltar no dia 8 de setembro?
A previsão do governo é de que todo o estado volte a ter aulas presenciais no dia 7 de outubro. No entanto, escolas que quiserem voltar a ter atividades opcionais a partir de 8 de sembro deverão atender aos seguintes requisitos:
A região precisa estar por 28 dias seguidos na fase amarela (ou superior) do Plano São Paulo de flexibilização da quarentena;
Cada escola tem a opção de voltar mediante escuta de sua comunidade.
E o ensino superior?
O governo de São Paulo autorizou na sexta-feira (7) o retorno de atividades de internato e estágio curricular em todas as fases do Plano São Paulo para os cursos de medicina, odontologia, farmácia, enfermagem e fisioterapia.
A gestão estadual ainda autorizou que regiões que estejam nas fases laranja, amarela e verde também retomem um percentual de aulas presenciais destes cursos, ainda que teóricas.
Como deve ser o distanciamento?
Estudantes, professores e funcionários devem manter distanciamento de 1,5 metro entre si.
Horários de entradas e saídas serão organizados para evitar aglomeração, e serão preferencialmente fora dos horários de pico do transporte público.
Continuam proibidos: feiras, palestras, seminários, competições e campeonatos esportivos, comemorações e assembleias.
Intervalos e recreios devem ser feitos sempre em revezamento de turmas com horários alternados.
As atividades de educação física estão permitidas desde que se cumpra o distanciamento de 1,5 metro. Preferencialmente devem ser realizadas ao ar livre e com cuidado da higienização dos equipamentos.
Recomendado que o ensino remoto continue em combinação com a volta gradual presencial.
Como deve ser a higiene?
O uso de máscara é obrigatório para todos dentro da instituição e no transporte escolar.
Instituição deve fornecer equipamentos de proteção individual (EPIs) para os funcionários.
Bebedouro será proibido. Água potável deve ser fornecida de maneira individualizada. Cada um deverá ter seu copo ou caneca.
Banheiros, lavatórios e vestiários devem ser higienizados antes da abertura, depois do fechamento e a cada três horas.
Lixo deve ser removido no mínimo três vezes ao dia.
Superfícies que são tocadas por muitas pessoas devem ser higienizadas a cada turno.
Ambientes devem ser mantidos ventilados com janelas e portas abertas, evitando toque em maçanetas e fechaduras.
Como monitorar a saúde?
Profissionais e estudantes que pertencem a grupos de risco para Covid-19 devem permanecer em casa e realizar atividade remotamente.
Recomendação para os pais medirem a temperatura de seus filhos antes de mandá-los para a escola. Caso esteja acima de 37,5°, deve ficar em casa.
Recomendação para que as instituições meçam a temperatura das pessoas a cada entrada.
Uma sala ou área deve ser separada na instituição para isolar pessoas que apresentem sintomas até que possam voltar para casa.
Como recuperar o aprendizado?
O governo de São Paulo afirma que será feita uma avaliação individual dos estudantes para a recuperação do conteúdo que não foi aprendido durante o período de ensino à distância.
Escolas também deverão investir em acolhimento socioemocional e em programas de recuperação para alunos com dificuldades nas matérias.
Segundo o governo, o programa de recuperação terá material didático, “apoiado pelo ensino híbrido e com foco em habilidades essenciais”.
Será oferecido em 2021 o 4º ano do Ensino Médio optativo para os estudantes que quiserem se preparar antes do ingresso no ensino superior.
Até quando vai o ano letivo?
Secretário da Educação de SP, Rossieli Soares, fala sobre a programação de volta às aulas
Segundo o secretário estadual de Educação, Rossieli Soares, ainda não há definição se o ano letivo será estendido. A previsão do governo é de que na rede estadual as aulas sigam até fim de dezembro, sem prorrogação.
Para encerrar o calendário, as escolas precisam cumprir 800 horas de atividades obrigatórias no total, e o Ministério da Educação autorizou que as aulas remotas sejam incluídas na conta.
“Não precisa cumprir 200 dias desde que cumpra as 800 horas de ensino e permite a educação à distância [nessas horas]. O que precisamos ver é a contabilização do número de horas e o presencial vai fazer diferença se começar em setembro ou não. Todas as redes vão ter que comprovar isso, inclusive as particulares. Nós da rede estadual estamos trabalhando para fazer o maior esforço possível para garantir que a gente termine em dezembro. Mas essa análise só poderá ser feita quando a gente concretizar que retornamos em setembro”, disse o secretário em entrevista à GloboNews.
Rossieli reforçou ainda a necessidade de férias para profissionais e alunos.
“A recuperação não se dará neste ano. Não adianta só estender mais um mês, mais dois meses. Nós vamos fazer uma recuperação de dois anos, até o final de 2022. Para recuperar prejuízos de aprendizagem pós pandemia. Não tem mágica para curto prazo. É importante que nossos profissionais tenham 15 dias de férias de verdade, porque eles também estão atravessando momento de estresse. O aluno também está vivendo um momento diferente”, disse.

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