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Conhecer novos lugares, conversar com pessoas sobre novos assuntos, avistar novas paisagens, provar novos sabores, sentir novos aromas e perfumes, viver novas experiências por estes arredores, tem sido uma delícia. Quanto mais eu conheço a região, mais me apaixono por ela! Esta semana estivemos visitando o Mirante da Pedra do Índio em Botucatu, quase Pardinho. Aqueles que já tiveram o prazer de realizar este passeio vão entender muito bem o que vou descrever aqui. Aos que ainda não foram até lá, não resisto a pergunta: Como assim? Por que não? Para chegarmos até o mirante, o caminho mais tranquilo, talvez seja o mesmo que fizemos: saindo de Cesário Lange, fomos até o km 193 da Castelo Branco. Neste ponto, saímos da rodovia e entramos numa estrada vicinal, via Pardinho. É uma estrada curtinha, mas que merece atenção, por causa dos buracos na pista e das curvas fechadas na serrinha. Lá no alto da serra, está o Café Cuesta. Linda vista, saboroso café e apesar do preço salgado, aos finais de semana costuma estar lotado. O atendimento é simpático, mas os banheiros são precários e distantes. Continuando pela estrada vicinal, alcançamos o portal da cidade de Pardinho. Passando pelo posto de gasolina, virando a esquerda, direita e esquerda novamente, encontraremos a estrada que nos levará até o Mirante da Pedra do índio. Pelo caminho, agora de terra, encontraremos alguns novos empreendimentos turísticos, como a Cantina Sabor Caipira e os Doces Caseiros. Na cantina, tive o prazer de conhecer a proprietária e também cozinheira. Senhora acolhedora, de sorriso aberto, característico daqueles que estão tornando realidade os seus sonhos. Comida caseira, bem temperada, fresquinha, colhida na horta. Serve almoços, a preço muito justo. R$20,00 por pessoa, no sistema self service. Não serve café da manhã, por enquanto. Porém, seu bolo de fubá é delicioso. Acredito que muito em breve, vá precisar ser ampliada e voltar o salão restaurante, para a vista ao invés da estrada. Torço pelo sucesso. Mais adiante, entramos num sítio para conhecermos os doces caseiros anunciados pelo caminho. Na beira da cuesta, está a casa e também o ponto de venda. No gramado, a proprietária permite que acampem. O café da manhã será compartilhado, assim como o banheiro, com a família moradora e proprietária. Fiquei alguns minutos imaginando o esplendor que deve ser o céu estrelado em noite limpa e clara, neste lugar incrível…. Existe uma trilha que leva o caminhante até umas pedras, ou montes testemunhos, próximos. Quem gosta de caminhar, vai ter o sabor da conquista de uma vista única! Ah! Os doces caseiros: goiabada, queijadinha, bom-bocado, marzipan, tudo bem fresquinho. De volta a estrada, agora a próxima parada é a Pedra do Índio. O mirante pertence a um sítio. Portanto, passa-se a porteira, no espaço reservado, os carros devem ser estacionados e todo o resto é feito a pé. Logo na entrada, encontra-se a casa do café da manhã. O sistema é self service, com preço fechado de R$20,00 por pessoa. Como paramos muito pelo caminho, chegamos perto das 11:00 da manhã. Neste horário, o espaço está tomado por clientes e as filas para comprar o ingresso ao mirante e o café, foram longas. Conversando com um dos proprietários, soubemos do projeto de divisão das filas, o que irá melhorar muito o tempo de espera. Na casa, ficará apenas o atendimento com comida: café da manhã e menu a la carte. Próximo a catraca de acesso ao mirante, será a fila para o ingresso. É impressionante o número de visitantes que recebe este lugar mágico! Nas melhores projeções, jamais pensaram alcançar estas proporções. Mas é assim mesmo que funciona a indústria turística: um bom motivo somado a um bom atendimento, resultam em sucesso. Com certeza. Neste caso, o bom motivo é a vista maravilhosa das três pedras que formam os pés do Gigante adormecido. Fazer o mirante, a plataforma suspensa, que proporciona segurança aos visitantes, deslumbrados pela paisagem, foi um importante investimento, que sem dúvida já se pagou a muito tempo! O verdadeiro pulo do gato, foi começar a servir o café da manhã. Bolos caseiros, sucos naturais, pães, broa de milho, pão de queijo, frios, queijo amarelo e branco, manteiga do sítio, frutas, café com e sem açúcar e chás, compõem o balcão do café. A cada meia hora, tudo é reposto, tamanha é a demanda. Para quem optar pelo cardápio, os salgados são muito especiais. Deliciosas receitas de família. Qualquer um deles, todos com nomes indígenas, merecem ser degustados. Do mirante, saem várias trilhas, que são feitas sempre acompanhadas por guias treinados. Grutas e cachoeiras estarão no caminho. Descer é mais fácil. Para subir, na volta, é preciso ter calma e preparo físico, apesar do baixo grau de dificuldade. Também é possível fazer rapel, com guias capacitados. Emocionante e seguro. Mas não paramos por aí! Se, como nós, seguirem a estrada em direção a Bofete, tenham muita cautela, vocês também. A estrada é estreita, acidentada, com curvas bastante acentuadas e com muitas pedras soltas. Surpreendentemente, o trânsito é intenso, nos dois sentidos. O caminho é lindo, se vocês conseguirem desviar o olhar da estrada, poderão apreciar. Cruzamos um riacho raso. Se chover na serra, estas águas devem subir rapidamente, imagino. Quase no final da descida, está a Cantina Ferreira. Comida caipira típica. Fogão de lenha e fartura. Restaurante disputado e concorrido. Tudo bastante improvisado e simples, mas o sabor caipira garante a frequência. Estava lotado. Seguimos para Bofete. Agora a estrada tem trechos de areia que merecem um pouco mais de destreza do condutor. Ovelhas, búfalos, e algumas granjas após, entramos na cidade. O acesso a rodovia Castelo Branco, asfaltado, mas merecendo reparos, nos levou até o Empório e restaurante Quilombaria. Lugar surpreendente. Atendimento nota dez, comida saborosa. As porções são desproporcionais ao preço, na minha opinião. É possível hospedar-se na casa e desta maneira, aproveitar da localização especial. Trilhas por matas preservadas, prainha de rio, cachoeira, grutas que já abrigaram quilombolas, fazem parte desta aventura. O restaurante com arquitetura simpática, recebe músicos em certas noites de sábado. Só funciona aos finais de semana. E depois de um dia de descobertas incríveis, voltamos para casa com a alma sorrindo.
#passearébomdemais.

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