Em Nota Informativa n°51/2019, o Ministério da Saúde – Governo Federal informou que vai receber novas vacinas antirrábicas do laboratório produtor da vacina para uso exclusivo em cães e gatos apenas em novembro de 2019, por isso, orientou que os municípios com previsão de campanhas a partir de agosto adiem a realização das mesmas.
Assim sendo, com a necessidade do adiamento da Campanha de Vacinação Antirrábica em Cerquilho e com um estoque de 750 doses de vacina com vencimento de setembro de 2019, o Setor de Zoonoses estará disponibilizando as doses restantes para a população.
Deste modo, recomendamos que os tutores de cães e gatos que ainda não receberam nenhuma dose de vacina antirrábica procurem pelo Setor de Zoonoses e agendem a vacinação do seu animal até o final do mês de setembro.
O Setor de Zoonoses fica localizado na Rua da Fazendinha, 333 – Centro e o agendamento pode ser feito através do telefone (15) 3288-4110.
Casos confirmados
No ano de 2019, em Cerquilho, foram confirmados laboratorialmente três casos de Raiva em bovinos, três casos em morcegos e nenhum caso da doença em cães e gatos. Lembrando que a vacinação de rebanhos é responsabilidade dos produtores.
Nos meses de março e abril, as equipes de controle da raiva do Estado de São Paulo percorreram os municípios de Tietê, Cerquilho, Boituva e Porto Feliz atendendo 204 propriedades. Foram visitados 10 abrigos cadastrados e realizadas seis capturas de morcegos.
Nos dias 25 a 27 de junho, a equipe de controle de raiva retornou ao município de Cerquilho e juntamente com a equipe do Setor de Zoonoses percorreram a zona rural para identificar os possíveis abrigos dos morcegos hematófagos, fazer a captura e o controle dos mesmos, além de orientar os produtores rurais quanto à doença e vacinação do rebanho. Na ocasião, não foram encontrados morcegos hematófagos.
Apenas os morcegos hematófagos, que se alimentam de sangue, são controlados. Eles são mais comuns na zona rural, mas alertamos que na zona urbana temos outras espécies de morcegos que se alimentam de insetos e frutas e que podem estar contaminados com o vírus da raiva.
Atualmente, o morcego é a espécie mais preocupante para a transmissão da raiva, por isso, orientamos para nunca tocar nesse animal e nem tentar capturá-lo. No caso de encontrar morcego caído (morto ou vivo), entrar em contato com o Setor de Zoonoses, o qual recolherá o animal e enviará para exames laboratoriais de raiva.
Em caso de sofrer mordida ou mesmo arranhadura por morcego, procure imediatamente orientação médica na Unidade de Saúde mais próxima.
Atenção: morcegos são animais silvestres protegidos por legislação, por isso não devem ser capturados e mortos pela população. Eles realizam importante trabalho ecológico no processo de polinização, dispersão de sementes e redução de insetos.
Orientações
Por ser a Raiva uma importante enfermidade que pode trazer graves prejuízos à pecuária e séria consequência à saúde pública de uma região, orientamos sobre as providências que devem ser tomadas por pecuaristas:
1 – Informar na Unidade de Defesa Agropecuária de seu município (na Casa da Agricultura) ou no Escritório de Defesa Agropecuária de Piracicaba a presença de animais com qualquer sinal ou sintoma sugestivo de Raiva (mudança de comportamento, incoordenação motora, paralisia, decúbito, morte), evitando o contato com animais que estejam com esta sintomatologia ou pretensamente “engasgados”;
2 – Informar também se está havendo em suas propriedades agressão de morcegos hematófagos (que se alimentam de sangue) a seus animais e, também, se sabem onde estes morcegos se abrigam;
3 – Fazer a vacinação contra Raiva de bovinos, equídeos, ovinos, caprinos acima de três meses de idade, revacinando-os 21 a 30 dias após, e fazendo um reforço anual, principalmente, naquelas propriedades onde há agressão (ataque) por morcegos hematófagos;
4 – Qualquer pessoa que tenha tido contato com animais com esta sintomatologia, informar a Unidade de Saúde ou Centro de Saúde de seu município;
5 – Tornar um hábito fazer uso da pasta vampiricida nos animais encontrados com marcas de agressão, sempre ao redor da ferida e de preferência ao final da tarde.
A Raiva é uma zoonose transmitida ao homem pela inoculação do vírus presente na saliva e secreções do animal infectado, especialmente, pela mordedura e lambedura. Caracteriza-se como uma encefalite progressiva e aguda que apresenta letalidade (morte) de aproximadamente 100%. Apenas os mamíferos transmitem e adoecem pelo vírus da Raiva.
A prevenção se faz através da vacinação antirrábica dos animais domésticos e do controle do morcego hematófago.