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A Polícia Rodoviária prendeu em Boituva (SP), três homens suspeitos de integrar uma quadrilha de traficantes que fazia transporte de cocaína com um helicóptero avaliado em R$ 4 milhões. Foram presos o piloto da aeronave, Dejair Alves da Silva, Welington Santana Furtuoso, que atuava como batedor e Luiz Alberto Souza Alves, apontado como traficante.

As prisões são um desdobramento da operação Flying Low, deflagrada quando a PF apreendeu o helicóptero carregado com cerca de 500 quilos de cocaína em um canavial em Presidente Prudente (SP), no momento em que a aeronave era reabastecida.
Durante a madrugada foram presos em flagrante o dono do helicóptero, Danilo Sousa Novais, e Mariana Wiezel Batista, que ficava na rodovia para avisar sobre a chegada da polícia.
O namorado dela, Thiago Santana da Silva, responsável por abastecer a aeronave, está foragido. Também está foragida Vânia de Souza Novais, mulher de Luiz Alberto.
De acordo com o delegado da PF, o chefe da quadrilha é Danilo Sousa Novais, o dono do Helicóptero. Os suspeitos serão investigados por tráfico internacional de drogas, organização criminosa e lavagem de dinheiro.
Segundo a polícia, o piloto e traficante, Dejair Alves, chegou a fugir do canavial durante o flagrante da PF, mas foi preso horas depois em Boituva com os outros dois integrantes da quadrilha.

A Polícia Rodoviária chegou até os suspeitos após monitorar as placas dos dois carros usados na fuga. Na praça de pedágio na altura do quilômetro 111 da Rodovia Castello Branco a polícia montou um bloqueio e conseguiu fazer a abordagem dos suspeitos.
Os dois veículos estavam sendo monitorados pela Polícia Rodoviária desde o quilômetro 198, na cidade de Pardinho. Eles trafegavam no sentido capital. As cabines de pedágio foram fechadas e assim foi possível prender o trio.
Segundo a polícia, eles não estavam armados. Com eles foram apreendidos cinco celulares e R$ 8,9 mil em dinheiro.

Eles foram levados para a sede da Polícia Federal em Sorocaba (SP), onde prestaram depoimento. Em seguida, de acordo com a Secretaria da Administração Penitenciária, Mariana Wiezel Batista foi levada para a Penitenciária Feminina de Tupi Paulista (SP). Já Danilo de Sousa Novais foi incluído no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Caiuá (SP).
Dejair Alves da Silva, Luiz Alberto Souza Alves e Welington Santana Furtuoso estão no CDP de Sorocaba.

Segundo o chefe da delegacia da PF em Presidente Prudente, Daniel Coraça Júnior, a operação Flying Low foi deflagrada com o objetivo de combater organização criminosa envolvida com tráfico de drogas realizado por vias aéreas.

O nome da operação (voando baixo) refere-se ao modo como a quadrilha fazia o deslocamento aéreo, em baixas altitudes para fugir de radares. O helicóptero usava até um equipamento avaliado em R$ 1 milhão que permitia voos noturnos.

A organização criminosa fazia cerca de duas viagens por semana, em que buscava a droga no Paraguai e a levava para o estado de São Paulo.
Além das prisões, a polícia apreendeu armas, veículos e dinheiro. Também foram cumpridos mandados de busca e apreensão nas casas dos suspeitos de integrar a quadrilha em São Bernardo do Campo, Diadema, Mauá e Presidente Prudente. Nesses imóveis a polícia encontrou galões, notas fiscais de combustível para aviação e documentos que detalham a complexa operação de tráfico.

Segundo o delegado da PF, a operação deflagrada neste sábado atacou o ponto frágil da quadrilha, que era exatamente o momento do abastecimento da aeronave, feito de maneira improvisada no canavial. “Era o momento que a quadrilha mais ficava vulnerável”, afirma.
Há informações de que a quadrilha também abastecia o helicóptero em uma cidade do Paraná. Segundo a PF, o helicóptero está com documentação regularizada.
As investigações sobre a quadrilha duraram um ano. De acordo com o delegado regional de investigação, Marcelo Ivo de Carvalho, o patrimônio da quadrilha totaliza aproximadamente R$ 20 milhões.

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