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O CEO da Tesla, Elon Musk, mostrou mais uma vez que gosta de quebrar paradigmas. Ele publicou um texto nesta quinta-feira (13/06) anunciando que as patentes da montadora que produz exclusivamente carros elétricos serão liberadas. “A Tesla não abrirá processos sobre o uso de patentes contra ninguém que, de boa fé, queira usar nossa tecnologia”, escreveu o executivo.
Não ficou exatamente claro no texto o que ele quis dizer por boa fé, mas segundo o site da Wired, que ouviu Musk durante uma teleconferência, a empresa está disposta a fazer acordos simples com outras companhias que estiverem na dúvida sobre seu significado.
Pela declaração feita no blog, Musk deixa claro que o objetivo da abertura é estimular a produção de carros elétricos e tecnologias de transporte sustentável – ou seja, que não emitam poluentes. Ele explica que, na primeira empresa que abriu, ele considerava as patentes algo importante, mas percebeu que elas eram, na verdade, “um bilhete de loteria para abrir processos”.
“Na Tesla, no entanto, nos sentimos obrigados a criar patentes preocupados que as grandes montadoras poderiam copiar nossa tecnologia. Não podíamos estar mais errados. A triste realidade é o contrário: programas para carros elétricos nas grandes montadoras são pequenos ou não existem”, explica Musk. A grande concorrente da Tesla, afirma, não são outros produtores de carros elétricos, mas a fabricação em massa de carros movidos a gasolina.
“A liderança tecnológica não é definida por patentes, que a história mostrou ser uma proteção pequena contra um determinado concorrente, mas sim pela habilidade da empresa de atrair e motivar os engenheiros mais talentosos”, afirma no último parágrafo.

Segundo Brian Solomon, repórter da Forbes, o movimento da Tesla pode ajudar a dar um gás em seu mercado. Isso porque encorajar empresas a construir estações para carregar a bateria ou outros produtos relacionados ao carro elétrico podem fertilizar o terreno para aumentar as vendas.
Já a Wired avalia a decisão de Musk como parte de um movimento maior que pretende reduzir as brigas por patentes entre as empresas de tecnologia. “Estamos olhando para o começo de uma nova cultura de patentes. Várias empresas no mundo da alta tecnologia estão desanimadas com a forma que o sistema está tomando, então elas estão tentando encontrar maneiras criativas de navegar por esse sistema e voltar ao negócio de inovar e criar”, afirmou à publicação Julie Samuels, diretor-executivo do think tank Engine.

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