Este famoso ditado africano, muito comum entre antropólogos, serve muito bem para os dias em que estamos vivendo.
Ele alerta os primitivos do perigo de se meterem em lutas de gigantes. A briga acaba, os dois elefantes vão embora e quem sofreu mesmo foi a grama.
Todos os dias estamos assistindo brigas de elefantes em nossa politica, em nossas empresas, em nossos grupos de amigos. Na política, vemos demonstrações de poder, de ganância, de vaidade, de soberba e de total falta de ética ou busca do bem comum. Nas empresas vemos brigas entre diretores, gerentes, supervisores, encarregados, secretárias, departamentos, filiais etc. Nas famílias são as brigas ciumentas entre casais, entre irmãos, sogras e genros, noras e sogros, cunhados, primos, sobrinhos etc. Até entre antigos amigos vemos brigas acontecerem por motivos fúteis, inveja, fofocas etc.
A história, porém, tem nos mostrado que, em boa parte dos casos, algum tempo após essas homéricas brigas, vemos os contendores se abraçando, jantando juntos, sorrindo uns para os outros e até se associando em projetos que haviam sido o motivo da contenda que parecia ser eterna e sem solução.
Aqueles que tomaram partido; defenderam ferrenhamente um dos lados; se posicionaram a favor ou contra, de repente se viram sozinhos, perdidos, desolados e muitas vezes até desmoralizados.
Assim, conheço pessoas que perderam amigos; colaboradores que perderam promoções e até seus empregos; casais que se separaram; famílias que se desuniram. Vítimas da briga entre elefantes essas pessoas fizeram o papel de grama.
É claro que não defendo que as pessoas não se envolvam; não lutem pelo que acreditam; não defendam seus valores e os dos que acredita estarem certos.
Quero apenas chamar a atenção para que não sejamos ingênuos demais em relação às brigas entre elefantes. Muitas vezes os motivo das brigas não são aqueles que pensamos ser ou saber e assim poderemos estar apenas fazendo papel de grama.
Pense nisso. Sucesso!