PUBLICIDADE

“A luta do SIPROEM não é sobre manter somente os professores a salvo, mas sim toda uma comunidade segura.

Todos nós queremos a voltas das aulas presenciais, inclusive os professores. Porém, nosso entendimento, é de que o momento é de preservar vidas. Sabemos que a Covid-19 não afeta e leva a óbito somente as pessoas do grupo de risco, mas também pessoas sem comorbidade assim como crianças e adolescentes. Sim, crianças e adolescentes também padecem e morrem por causa desse vírus maldito. As pesquisas revelam que o número de crianças mortas pelo vírus é pequeno, mas do que adianta essa pesquisa se a criança que morrer for seu filho(a)?

 Em cada sala de aula as crianças estão agrupadas, bem pertinho umas das outras. Já observaram como os jovens se comunicam e interagem? Há muita comunicação oral, muitas risadas gostosas, muitas brincadeiras, muitos empréstimos de materiais e muitas disputas. Todas elas passam pelo contato físico constante.

Nas crianças menores o contato físico se intensifica. Os brinquedos são compartilhados e não é possível controlar para que não coloquem algo na boca, tão pouco controlar o uso da máscara. Na hora das refeições conversam, comem um pouquinho, riem, comem mais um pouquinho, brincam, comem mais um pouquinho. E tudo ali, bem pertinho uns dos outros. Os banheiros também são compartilhados e, por mais intensificada que seja a limpeza, impossível limpar após cada uso.

Não há garantia do distanciamento entre adolescentes e, sobretudo, entre crianças nas escolas. O deslocamento até a escola, realizado por transportes públicos ou a pé pela maioria dos estudantes e famílias, amplia os riscos de contaminação. Além disso, importante considerar que em quase todas as famílias têm uma ou mais crianças ou adolescentes em idade escolar. Agora imaginem com que velocidade este vírus chegaria a todas as casas.

O número de professores nas escolas será menor descontando os que pertencem ao grupo de risco e menor ainda se ocorrer um contágio, adoecimento e óbito desses profissionais. Sem profissionais da educação não há educação.

Estudantes e professores(as) contaminados, famílias contaminadas. “Conteúdos” perdidos nesta fase poderão ser recuperados. Nossa saúde e a vida perdida, não!

Criança morta não aprende; professor morto não ensina!”

PUBLICIDADE