Vereadores de Boituva (SP) afirmam que pretendem dar posse à vice-prefeita Maria Nasará da Guia Azevedo (PC do B) caso o prefeito Fernando Lopes da Silva (PSDB) não seja encontrado para ser notificado sobre duas Comissões Processantes que foram abertas na Câmara.
Segundo os parlamentares, a dificuldade em notificar o prefeito, investigado em duas comissões instauradas em 2018, levantou a suspeita de que ele não estaria cumprindo os compromissos no Executivo. Com isso, eles pretendem dar posse temporária para a vice em uma sessão solene.
O presidente da Câmara, Pedro Teodoro Filho (PROS), afirma que existem outros elementos que aumentam a suspeita de que o prefeito teria se afastado sem aviso prévio.
“Fomos várias vezes na prefeitura em várias datas desde o dia 12 de dezembro. Realmente , sempre a informação era que não estava. Se ele vai ficar fora mais de 15 dias deve dar ciência e empossar o vice. Um dos nossos vereadores foi verificar documentos e contratos, e verificou que não teve despacho e assinatura em vários”, afirma.
“Ele encontrou contratos com datas de dezembro e janeiro sem assinatura, e constatou que empresas desses contratos já estão prestando serviço. Olha o perigo. Como presidente, entramos em contato com cartório e lavramos uma ata dando ciência que a secretária do prefeito sabia que ele não se encontra na casa”, ressaltou.
Em nota, a prefeitura esclareceu que o prefeito despachou de seu gabinete no período da manhã desta terça-feira e seguiu para reuniões externas em cumprimento de agenda.
Ainda em nota, a prefeitura esclareceu que a programação de agenda para o mês de janeiro atende à necessidade de ratificação de pedidos e diversos andamentos de convênios já antes estabelecidos.
Segundo a assessoria de impressa, o prefeito se dispõe a apresentar seu cronograma diário, caso haja necessidade, mas reitera que esteve em exercício de suas funções desde o primeiro dia útil do ano.
INVESTIGAÇÃO
Segundo a Câmara, a primeira CP que investiga o prefeito é da merenda escolar, que apura a contratação de uma empresa que não poderia prestar serviços ao poder público, com leitura do relatório final e votação prevista para o dia 21 de janeiro.