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O governo de São Paulo aprovou a ampliação de seis para oito horas por dia do horário de funcionamento dos estabelecimentos de comércio e serviço já autorizados a reabrir. Além disso, os empresários poderão escolher se adotam uma jornada contínua de abertura ou fracionada e também decidir qual turno abrirão: manhã, tarde ou noite. Isso já ocorria com bares e restaurantes, mas agora valerá para os demais setores. A mudança no horário deve ser anunciada em entrevista coletiva do Palácio dos Bandeirantes nesta quarta-feira.
A medida vai valer somente para os segmentos que estão autorizados a abrir em cada cidade, o que é indicado pela fase das regiões do estado no plano de retomada do governo estadual. Um exemplo da aplicação é Presidente Prudente, cidade na fase laranja. Nesta classificação é permitido o funcionamento, dentro de protocolos sanitários, de shoppings, comércio de rua, concessionárias e escritórios. A ampliação era avaliada havia semanas pelo Centro de Contingência ao Coronavírus. A discussão começou depois que representantes de vários setores procuraram o governo do estado para pedir pela ampliação. O argumento era que desta forma o atendimento seria diluído, evitando aglomerações dentro dos negócios ou em suas imediações. Cada estudo conduzido no Centro de Contingência tem um relator indicado entre seus integrantes e este caso ficou com José Medina, atual coordenador do órgão. Ele avaliou por semanas o impacto que a mudança causaria e apresentou os resultados a seus colegas. O tema entrou em discussão ontem e a ampliação foi autorizada.
Medida ainda depende de autorização de prefeitos mas a aprovação do aumento do horário de funcionamento não significa sua imediata entrada em vigor. Como ocorreu em outras decisões, o governo do estado dá a autorização para os prefeitos fazerem a alteração, mas eles têm autonomia para decidir se a mudança será adotada e quando será adotada. Um exemplo deste sistema foi a abertura dos shoppings na cidade de São Paulo. Ela foi permitida a partir de 1º de junho, mas a prefeitura levou quase duas semanas para montar os protocolos sanitários e a reabertura ocorrer de fato. O alcance da medida é de 20 das 22 regiões em que o estado foi dividido.
Somente Registro e Franca permanecem na fase vermelha, quando só podem funcionar os serviços essenciais. A volta às aulas na capital paulista também foi adiada pelo prefeito Bruno Covas (PSDB). Após teste sorológico com 6.000 alunos da rede pública, o retorno presencial nas escolas para atividades de reforço não será em setembro. Segundo o levantamento, 16,1% dos alunos já contraiu a doença. A decisão vale para instituições de ensino públicas e particulares da capital. “É muito mais complicado manter o distanciamento social dentro da sala de aula, dentro da escola do que em bares, restaurantes, supermercados, lojas, estabelecimentos já autorizados a retornar”, disse Covas.

A situação de cada região:

Regiões na fase Vermelha
Registro e França.
O que pode funcionar ?
Somente serviços essenciais.

Regiões na fase laranja
Presidente Prudente, Barretos, São José do Rio Preto, microrregião oeste da Grande São Paulo e microrregião norte da Grande São Paulo.
O que pode funcionar ?
Shoppings, comércios de rua, escritórios e concessionárias de veículos.

Regiões na fase amarela
Cidade de São Paulo, Baixada Santista, Araçatuba, Marília, Bauru, Araraquara, Ribeirão Preto, Piracicaba, São João da Boa Vista, Sorocaba, Campinas, Taubaté, micro-região sudoeste da Grande São Paulo, microrregião sudeste da Grande São Paulo e microrregião leste da Grande São Paulo.
O que pode funcionar ?
Bares, restaurantes, padarias, salões de beleza, barbearias, academias, atividades culturais, eventos, convenções, shoppings, comércio de rua, escritórios e concessionárias de veículos.

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