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Numa “live” com presidentes e diretores de empresas, uma coisa ficou clara para todos os participantes. Sem dúvida estamos em tempos de enxugamento da empresa. Com esta crise causada pela pandemia, não há empresa que que não esteja fazendo um profundo estudo de suas reais necessidades de processos e de pessoal.
Os tempos exigem uma profunda preocupação com custos, com produtividade. Somente os melhores, os mais comprometidos, os mais dispostos a enfrentar desafios, os mais disponíveis a correr riscos, a tomar decisões, a trabalhar em times poderão sobreviver hoje. Os tempos mudaram. As margens diminuíram. A competição aumentou. A empresa que não fizer uma profunda revisão de seus processos, por certo não sobreviverá.
O trabalho remoto reforçou a necessidade de uma forte ética no trabalho. Agora a confiança é ainda mais fundamental. Assim, colaboradores que estão usando eticamente mal o home office, abusando da confiança de seus chefes e patrões, não sobreviverão. Muitos já estão sendo desligados por confundir trabalho remoto com semi-férias, não cumprindo sequer com as horas de uma jornada semanal de trabalho.
Muitos chefes e patrões se mostraram preocupados com colaboradores que querem total flexibilidade de horário em seu trabalho remoto, mas se negam a trabalhar e produzir fora do horário normal de expediente. Desligam seus celulares e laptops corporativos exatamente no final do horário de trabalho, mas ligam seus equipamentos e estão on-line no horário que lhes convêm. Alegam que farão a tarefa em qualquer horário, mas a realidade, muitas vezes é outra. Algumas pesquisas têm demonstrado que a jornada do trabalho remoto está reduzida a menos de 24 horas semanais. “Não somos sócios do Netflix” afirmou um presidente. “A nossa empresa permitiu uma flexibilização de horário no trabalho remoto, mas alguns colabores nunca são encontrados quando procurados por colegas ou clientes”, afirmou uma diretora de RH. “Há grandes e elogiosas exceções, mas infelizmente está havendo uma confusão na área”, disse um diretor de multinacional que já desligou vários colaboradores que usaram mal o trabalho remoto.
Como tudo ainda é muito novo e a legislação trabalhista confusa, o comportamento ético, tanto de patrões e chefes como de subordinados e empregados se torna ainda mais relevante.
No trabalho remoto, patrões não podem exigir do colaborador que trabalhe 24 horas por dia e não tenha finais de semana, mas o colaborador deve ter a responsabilidade ética de cumprir suas tarefas e estar disponível, respondendo com rapidez as demandas de clientes, fornecedores e colegas.
O resumo da ópera é que a ética e a confiança, de ambos os lados, deve prevalecer, agora e sempre.
Pense nisso. Sucesso!

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