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Tosse, coriza e espirro foram os sintomas iniciais de uma enfermeira que atua na Santa Casa de Tatuí (SP) e ficou por mais de 10 dias internada após ser diagnosticada com a Covid-19. Adriele Cristina Daros, de 31 anos, recebeu alta médica na quarta-feira (24) e foi homenageada com aplausos ao deixar a unidade hospitalar.
“Fizeram corrente de oração em minha cidade, na minha família, no hospital, todas as pessoas que nem me conhecem ou são mais próximas oraram pela minha vida e pela minha saúde. Agradeço a todos de coração por isso. A fé me salvou”, diz.
Adriele conta que trabalhava na linha de frente contra o coronavírus quando recebeu o diagnóstico da doença. No entanto, por apresentar sintomas diferentes dos comuns, ela acreditava que o resultado do exame seria negativo.
“Eu achei que fosse um processo alérgico. No dia 8 de junho colhi o exame e no dia seguinte peguei o resultado positivo. Nunca imaginei que fosse a Covid-19. Fiz o exame por insistência dos colegas e ainda brinquei que jamais daria positivo.”
Segundo Adriele, dias depois ela apresentou falta de ar e foi até o hospital de Cesário Lange (SP), cidade onde mora, onde recebeu os primeiros cuidados. Após o período de observação, a enfermeira que passou ser paciente foi encaminhada para a Santa Casa de Tatuí, local onde trabalha.
“Dei entrada na UTI e lá permaneci por oito dias usando oxigênio e fazendo alguns procedimentos para melhora pulmonar. Tive um dia de piora e achei que seria intubada, mas consegui seguir firme, com ajuda de medicamentos e da fisioterapia. Após esse dia eu comecei a apresentar melhoras, mas ainda dependendo de máscara de oxigênio. Tenho bronquite, mas sempre controlada, então fui internada por complicações da doença mesmo”, lembra.
“No domingo eu fui para o quarto para o término do meu tratamento e conseguir ‘desmamar’ do oxigênio. Na minha alta foi uma emoção muito grande, pois não imaginava que eu teria uma festa tão linda dos meus colegas de trabalho.”
Agora Adrieli se recupera em casa, mas ao deixar o hospital soube que a família dela também foi contaminada, inclusive a filha, de 3 anos e 9 meses.
“Todos que convivem comigo apresentaram sintomas e o teste rápido deu positivo, mas todos com sintomas mais leves que os meus”, afirma.
Depois do diagnóstico, a rotina da família mudou e agora os cuidados são redobrados: a limpeza da casa e lavagem das mãos são frequentes, não há compartilhamento de copos e talheres, o consumo de verduras aumentou, além do uso de álcool 70%.
“Quero pedir a todos que se cuidem, não façam festas, não façam aglomeração, que usem máscara e lavem as mãos, pois eu não desejo essa doença para nem meu inimigo. Uma doença que nos afasta de pessoas que amamos e que nos dá muito medo, então peço que se cuidem e se protejam e não saiam de casa sem necessidade”, diz.
(Fonte: G1 Itapetininga)

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