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“1.A serpente era o mais astuto de todos os animais do campo que o Senhor Deus tinha formado. Ela disse à mulher: “É verdade que Deus vos proibiu comer do fruto de toda árvore do jardim?”. 2.A mulher respondeu-lhe: ‘‘Podemos comer do fruto das árvores do jardim. 3.Mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, Deus disse: ‘Vós não comereis dele, nem o tocareis, para que não morrais’.” 4.“Oh, não! – tornou a serpente – vós não morrereis! 5.Mas Deus bem sabe que, no dia em que dele comerdes, vossos olhos se abrirão, e sereis como deuses, conhecedores do bem e do mal.” 6.A mulher, vendo que o fruto da árvore era bom para comer, de agradável aspecto e mui apropriado para abrir a inteligência, tomou dele, comeu, e o apresentou também ao seu marido, que comeu igualmente. 7.Então os seus olhos abriram-se; e, vendo que estavam nus, tomaram folhas de figueira, ligaram-nas e fizeram tangas para si.” (Gênesis 3, 1-7)
Independentemente de qualquer crença religiosa, esta passagem do Antigo Testamento da Bíblia, serve para fazermos uma reflexão sobre vários aspectos de nossa vida pessoal e profissional. Ela sempre me chamou muito a atenção e sempre me fez pensar sobre os perigos das tentações.
A primeira reflexão que sempre fiz é sobre os perigos da ambição, da vaidade, do desejo de poder, da falta de humildade em saber o meu lugar; da deslealde àqueles que me ajudaram em minha vida e em minha carreira profissional e empresarial.
A segunda reflexão que sempre fiz é sobre as serpentes que existem em todos os lugares à espreita de uma nossa fraqueza para dar o bote mortal. Sempre tive o cuidado de identificar essas serpentes, muitas vezes travestidas de amigos, companheiros, chefes e subordinados e até mesmo parentes próximos e distantes. As serpentes estão sempre escondidas e prontas para dar o bote. Basta um descuido nosso e ela nos atacará.
Uma terceira reflexão que sempre procurei fazer é sobre nossa insatisfação com o que temos, com o nosso emprego, com nossa família; dos perigos de um consumismo desenfreado; com a inveja de quem tem mais do que nós; com o perigo de sempre nos acharmos num pequeno inferno sem queremos ver que muitos de nossos problemas fomos nós mesmos que os criamos.
Uma quarta reflexão é sobre as maçãs que nos são oferecidas. Sempre desconfiei de coisas muitas fáceis e presentes caros que nos são dados, muitas vezes por espertas serpentes.
Em meus muitos anos de consultoria, vi a serpente da ambição, da vaidade e da ganância atacar mortalmente diretores, gerentes, supervisores e colaboradores que tinham um futuro brilhante em suas carreiras. Assisti, dezenas de vezes, o desaparecimento de pessoas que se achavam insubstituíveis. Presenciei, com tristeza e espanto, a serpente da deslealdade fazer brilhantes biografias se tornarem pó.
Assim, conhecer nossas fraquezas para corrigi-las; buscar ter uma vida alicerçada em valores e virtudes permanentes e identificar as serpentes que nos rodeiam para delas nos afastarmos, são três condições básicas para não cairmos nas ofídicas tentações da ambição desmesurada, da vaidade sem limites, da soberba, da deslealdade e da arrogância.
Pense nisso. Sucesso!

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