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O Fusstat (Fundo Social de Solidariedade), em parceria com a prefeitura, por meio da Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social, lançou na tarde de terça-feira, 31 de março, a campanha “Unidos pela Solidariedade – #EuEscolhoAjudar”.
Conforme a prefeitura, a iniciativa foi criada por solicitação da prefeita Maria José Vieira de Camargo. A ação é inspirada no modelo dos projetos “Abrace a Santa Casa” e “Abrace Tatuí” e visa apoiar as famílias tatuianas afetadas economicamente pela pandemia do coronavírus.
No pedido, a prefeita enfatiza: “Estamos passando por um momento muito grave de nossa história. A solidariedade e o cuidado com o outro são as únicas formas de enfrentarmos o medo, a desesperança e superarmos tudo construindo um futuro melhor”.
A intenção da campanha é arrecadar cestas básicas, além de produtos de higiene e materiais de limpeza, para serem doados às famílias que podem ficar em situação de vulnerabilidade social.
O secretário do Trabalho e Desenvolvimento Social, Alessandro Bosso, apontou que a ação surgiu pela necessidade de enfrentamento à pandemia do Covid-19.
Segundo ele, a pasta já acompanha as famílias em vulnerabilidade e risco pessoal, no entanto, nos últimos dias, passou a receber pedidos de outro público.
“Com a necessidade do isolamento social, muitas pessoas e, principalmente, os chefes de famílias estão sem condições de sustentabilidade e a procura por alimentos aumentou. Todas as solicitações estão sendo registradas para análise técnica e aqueles que realmente precisarem vão receber as cestas”, explicou o secretário.
Bosso enfatizou que a ação reúne uma “grande equipe” de voluntários que está trabalhando de casa, com pedidos pela internet e telefone, com o objetivo de arrecadar o maior número de cestas básicas.
Ele destacou que a parceria com o Fusstat aconteceu “pela credibilidade da entidade em ações solidárias” e ainda que a intenção é que todas as famílias necessitando de auxílio sejam assistidas com mantimentos.
A campanha e a arrecadação serão promovidas pelos voluntários e pelo Fusstat, por meio da presidente, Sônia Maria Ribeiro da Silva, e das conselheiras da entidade. Já a distribuição dos mantimentos ficará a cargo da equipe técnica de assistentes sociais da secretaria.
A coordenação da nova campanha “Unidos pela Solidariedade” ficou a cargo da voluntária do Fusstat Alessandra Vieira de Camargo Teles – que já lidera o projeto “Abrace a Santa Casa”, desde a criação da iniciativa.
Ela explicou que, para participar do movimento solidário e “impedir uma crise humanitária” em consequência do coronavírus em Tatuí, basta entrar em contato com a equipe da campanha, por meio do “Whats Solidário”, (15) 99604-0061.
A equipe agendará a retirada da doação e enviará as cestas para a STSC, para que, posteriormente, sejam distribuídas às famílias cadastradas no programa de assistência social do município.
Com experiência em iniciativa voluntária, Alessandra afirmou ser desafiador o novo modelo da campanha, por estar sendo realizada em meio a uma pandemia que exige o isolamento social. Uma das diferenças apontadas por ela é não poder ter um posto de arrecadação, para evitar aglomeração de pessoas.
“Desta vez, vamos ter que trabalhar de casa. Não podemos ter locomoção, então, vamos fazer diferente. Inclusive, isso é uma determinação da prefeita. Agora, toda campanha de divulgação e arrecadação terá que ser feita pela internet, telefone ou WhatsApp”, comentou a voluntária.
Alessandra apontou que a únca coisa a ser feita na rua são as retiradas e entregas. Mesmo assim, ressaltou que elas serão feitas de formas diferentes em cada caso, para evitar ao máximo que os doadores e voluntários se exponham ao vírus.
“Não é para as pessoas saírem das casas para levar as doações. A ideia é que a pessoa interessada em doar entre em contato pelo ‘Whats Solidário’ para combinar como será feita a retirada. Não queremos que haja muita locomoção de pessoas”, reforçou a coordenadora.
Outro ponto é a necessidade de se doar a cesta completa de alimentos. A equipe não receberá itens separados, por não haver possibilidade de juntar equipes para a montagem das cestas.
“Tem cesta básicas pequenas sendo vendida a partir de R$ 50. Acredito que a maioria das pessoas já consegue comprar para doar. Se a pessoa quiser doar, mas não consegue fazer uma cesta inteira, ela pode fazer uma arrecadação entre as pessoas próximas e montar a cesta, que também está valendo. O importante é ajudar os mais necessitados”, acentuou a voluntária.
Exemplificando algumas possibilidades de doação sem sair de casa, Alessandra contou que uma das conselheiras juntou um grupo de amigos e organizou uma “vaquinha” para comprar os itens online e ainda estão promovendo uma rifa online para montar cestas e doar ao projeto.
“Achei muito interessante a ideia, e é o que a gente espera neste tempo de quarentena. Não podemos juntar todo mundo em um lugar só, mas a internet pode ajudar a fazer muita coisa. Assim, as pessoas podem estar se juntando e comprando a cesta”, observou a coordenadora.
Ela ressaltou que muitas famílias podem precisar de ajuda nos próximos dias e que será necessário contar com o apoio de muitas empresas, além da iniciativa privada e da sociedade civil, para conseguir atender a todas.
“Os voluntários estão empenhados para realizar a maior ligação possível de uma grande rede de solidariedade, colocando aquelas pessoas que gostariam de ajudar para contribuir com as famílias que estão em vulnerabilidade neste momento”, afirmou Alessandra.
Conforme a coordenadora, as famílias interessadas em se cadastrar para receber os donativos devem entrar em contato pelo telefone da assistência social (3259-6664).
“Eles vão fazer um cadastro e a equipe técnica vai avaliar se há necessidade mesmo. Se houver, eles vão receber os donativos. A equipe é altamente capacitada para fazer esta seleção”, acrescentou.
Alessandra apontou que, mesmo com pouco tempo de trabalho, a campanha “Unidos pela Solidariedade – #EuEscolhoAjudar” já começou a receber as doações. Logo no primeiro dia da ação, a Loja Maçônica Caridade III entregou 22 cestas básicas, e outras retiradas já estão programadas.
A voluntária afirmou esperar ainda mais donativos e solidariedade nos próximos dias. “É necessário estender a mão e se unir para poder ajudar a quem precisa. É um momento difícil para todos, mas existem pessoas mais vulneráveis. Se a pessoa pode um pouco, que colabore um pouco; se pode mais, colabore mais, e assim vamos ajudar aos outros”, concluiu.
Fonte: Jornal O Progresso

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