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Cesário Lange é um pequeno município localizado à margem da rodovia Castelo Branco, integrado à Região Metropolitana de Sorocaba. Suas origens são recentes e inseridas no processo histórico do avanço da agricultura cafeeira nesta região, ocorrida nos meados do século 19, quando povoadores vindos de municípios maiores aqui se estabeleceram em áreas de terra despovoadas. Esse povoamento formou extensas propriedades agrícolas, produtoras de café, e paralelamente a esta cultura desenvolveu-se a policultura de subsistência, através do trabalho escravo mesclado ao trabalho em parceria de colonos com o proprietário rural. Nessa época surgiu o primeiro núcleo de povoação urbana, que prestava serviços aos povoadores da região rural. Alicerçados nas tradições da religião católica, os moradores locais construíram uma pequena capela, que tornou-se o centro da convivência urbana, e estimulou o crescimento da povoação inicial. No início do século 20 essa povoação transformou-se em uma vila institucionalmente pertencente ao município de Tatuí, e embalada pelo êxito da produção cafeeira solidificou-se como centro urbano. Nas décadas iniciais do século 20, muitas propriedades agrícolas dividiram-se em propriedades médias, movidas pelos sistemas de divisão familiar desse patrimônio, e acelerou a diversificação da produção rural, impulsionando o plantio de produtos agrícolas de sobrevivência, produzidos a partir desse período para o mercado regional e estadual, incluindo nessa diversificação uma crescente atividade pecuária. Com essa diversificação da economia agrícola, a pequena vila de Passa Três, como era denominada até 1959, se emancipou de Tatuí, e tornou-se o atual município de Cesário Lange. A antiga vila ampliou-se demograficamente e possibilitou a implantação de repartições públicas, vinculadas ao governo estadual, para atender às necessidades legais da população.
A partir de década de 30 do século passado, a lavoura cafeeira passou por uma crise profunda em decorrência da crise mundial de 1929, que abalou a economia agrícola brasileira. Iniciou-se, então, um período prolongado de reciclagem da economia rural, intensificada a partir da década de 50, quando a agricultura canavieira se estabeleceu no município. Essa lavoura, atualmente destinada à produção do etanol, motivou desde aquela época uma constante migração rural, motivada pela concentração das propriedades agrícolas nas mãos dos canavieiros. Como consequência principal dessa migração ocorreu, a partir dos anos 60, uma rápida e desordenada concentração urbana no município das populações rurais na periferia da cidade. De colonos esses migrantes tornaram-se assalariados no sistema de plantio, corte e industrialização da cana, e para atender a suas necessidades de consumo, surgiu uma diversificada economia urbana centrada no próspero comércio varejista. Para suprir os anseios de alfabetização dos filhos desses migrantes, o sistema fundamental de ensino ampliou-se no município, através de uma sequência que sucessivamente implantou ao tradicional curso primário, os cursos secundário e médio, que facilitou, posteriormente, o caminho das faculdades aos seus alunos. Atualmente, Cesário Lange, com aproximadamente 18 mil habitantes, possui uma economia urbana diversificada, impulsionada pela implantação contínua de pequenas empresas, atraídas não só pela disponibilidade de mão de obra, mas também pela localização estratégica do município, localizado à beira da rodovia Castelo Branco e a 143 quilômetros da capital, uma região aberta à crescente interiorização da indústria paulista. Geograficamente, a região é um aprazível planalto com poucas ondulações, dotada de um clima ameno com distribuição equilibrada das chuvas, e irrigada por um sistema de rios perenes. Todas estas condições –históricas, econômicas, sociais e geográficas- indicam para Cesário Lange um crescimento equilibrado, e sustentado por uma economia diversificada, à qual inclui-se o turismo, atualmente em fase de crescimento em nosso município. Sua população acompanha todo esse desenvolvimento estrutural de Cesário Lange, e se adapta aos sucessivos ciclos da sua economia, constituindo uma potencial mão de obra receptiva a essa evolução. Esse conjunto de fatores –históricos, econômicos, humanos, culturais e geográficos- indicam que nosso município terá um futuro próspero, quando a atual crise estrutural do país, que atualmente desacelera o seu desenvolvimento, estiver superada por um novo ciclo econômico de crescimento. Por ter uma história recente, o passado de Cesário Lange não enraizou-se profundamente no caráter do seu povo, e contribui para sua assimilação do futuro.

 

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