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Paulo Francis, um famoso intelectual e jornalista brasileiro que residia em Nova Iorque e a quem tive o prazer de conhecer quando lá residia, dizia sempre que há pessoas que dizem “não vi e não gostei”.

Nestes tempos de redes sociais também conheço muitas pessoas que emitem opiniões fortes e decididas sobre o que não viram e não leram, repassando opiniões alheias sem nenhum juízo crítico.

Da mesma forma, conheço pessoas doutrinadas por ideologias radicais de esquerda ou de direita que nunca se dispõem sequer a ler e conhecer alguma coisa que não diga respeito ou não seja escrito pelos próprios ideólogos de sua seita. Essas pessoas não leem e não gostam de opiniões contraditórias. Só leem aquilo que reforça o que já pensam, aparentemente com medo de serem convencidas por argumentos diferentes e terem que mudar de opinião.

O desafio de viver num mundo com muita informação e com mudanças muito rápidas é o de manter a capacidade de ler, aprender, discutir e pensar com a própria cabeça. O desafio ainda maior é o de manter duas ideias contraditórias na cabeça e ainda assim reter a capacidade de raciocinar e funcionar. Para isso temos que ter honestidade intelectual para não emitirmos opiniões sem termos lido, pensado, analisado e decidido o que realmente pensamos e qual é a nossa opinião.

O que tenho assistido nas empresas e nos locais que frequento são discussões puramente emocionais, cheias de preconceito e às vezes pouco civilizadas, onde pessoas e grupos se acusam sem a menor fundamentação lógica, unicamente com base em posições ideológicas de todos os lados. O raciocínio lógico parece ter desaparecido.

Pense se você também não está entre as pessoas que dizem “não vi, não li e não gostei” e preste atenção se você não está caindo no ridículo de ser considerado alguém intelectualmente fraco e sem opinião própria.
Pense nisso. Sucesso!

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