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Este antigo ditado mostra que quase sempre valorizamos mais as coisas dos outros do que as nossas.

As pessoas parecem viver sempre insatisfeitas com o que possuem, com as coisas que têm, com o emprego que têm, com a família que têm, com a cidade onde residem, com o país onde nasceram ou moram.

Conheço muitos brasileiros, especialmente os mais jovens, que querem ir embora do Brasil. Querem morar na Europa, nos Estados Unidos, na Austrália, Canadá, etc. Eles não têm olhos para ver as vantagens comparativas do Brasil. Só vêm a grama verde de outros países. Não conhecem — e muitas vezes não querem conhecer — os problemas, as dificuldades, os preconceitos que sofrem os imigrantes e mesmo os problemas daqueles países que veem como um verdadeiro paraíso.

Ao mesmo tempo, vejo na Europa, italianos, portugueses, espanhóis e franceses querendo deixar seus países para um mundo onde haja oportunidades de empreender, de crescer e onde haja uma atmosfera do novo, do desafio, enfim de oportunidades que seus países não têm mais condições de oferecer. Aqui o passado é maior que o futuro e viveremos no futuro e não no passado, me disse um grupo de italianos, interessados em emigrar para o Nordeste do Brasil.

Hoje, em Portugal e outros países europeus, há centenas de brasileiros querendo retornar ao Brasil após experimentar as dificuldades de ser imigrante. É claro que há exceções, mas a maioria que emigra trabalha duro, na maioria das vezes em condições adversas e fazendo trabalhos que se negariam a fazer no Brasil. É claro que nem sempre eles contam isso a seus amigos e parentes para não se mostrarem fracassados, mas a verdade é que se trabalhassem aqui o mesmo que dão duro lá fora, teriam mais sucesso aqui do que no exterior. E, a grande verdade é que as oportunidades do futuro estão aqui.

O mesmo vejo acontecer com pessoas que em vez de se dedicarem mais ao emprego que possuem, vivem pensando em mudar de emprego, de ter o que chamam de “novas experiências” e com isso não constroem uma carreira, não ganham a confiança de suas empresas, são eternos trainees e não percebem que há uma fila grande de pessoas querendo exatamente o emprego que elas possuem hoje e que pouco valorizam.

Da mesma forma vejo casamentos e uniões sendo desfeitos por pura imaturidade de pessoas que acreditam que conviver com uma outra pessoa será melhor do que com aquela com quem convivem agora.

Seja pela cegueira da inveja ou por pura falta de capacidade de análise fria da realidade, muitas pessoas destroem a sua vida em busca de uma grama mais verde que quase sempre está debaixo do seu nariz. É só cuidar melhor dela e ela crescerá a cada dia mais verde.
Pense nisso. Sucesso!

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