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Nesta segunda-feira, dia 21 de Janeiro de 2019, ocorrerá o primeiro eclipse lunar do ano, que poderá ser visto de toda a América, Groenlândia e o oeste da África e Europa. O horário de ocorrência do fenômeno depende da longitude: no estado de São Paulo e nos demais estados que estão no horário de verão o eclipse ocorrerá na madrugada de 21, de 00:36 até 05:48. Antes de descrever as fases do eclipse, segue uma descrição e as classificações do fenômeno.

O sol, por ser uma fonte extensa de luz, ao iluminar a terra produz uma sombra com duas regiões: a umbra, onde não há nenhuma luz provinda diretamente do sol, e a penumbra, onde apenas parte da luz é bloqueada pela terra. Assim a sombra se localiza na região do plano de órbita da terra em torno do sol (chamado de plano da eclíptica). O eclipse lunar é justamente o fenômeno que ocorre quando a lua atravessa a região de sombra, o que só pode ocorrer quando ela está mais afastada do sol que da terra, em uma lua cheia, portanto. Entretanto, o plano de órbita da lua faz um ângulo de 5°, aproximadamente, com a eclíptica, em um ponto específico chamado nodo orbital, assim o eclipse ocorre quando a lua cheia passa por este ponto.

Um eclipse é classificado de acordo com a parte da sombra pela qual a lua atravessa: se a lua entra na região de penumbra, sem chegar à umbra, o eclipse é classificado como eclipse penumbral; se a lua entra na umbra ele é dito umbral, mas se apenas parte do disco lunar é obscurecido, o eclipse é classificado como parcial, e se a lua adentra inteiramente na região de umbra, então o eclipse é classificado como eclipse total, sendo esta a classificação daquele que ocorrerá no dia 21. É importante lembrar que mesmo na região de sombra a lua não é completamente obscurecida, devido ao fenômeno chamado de Dispersão de Rayleigh: a luz solar ao entrar na atmosfera terrestre se dispersa nos diferentes comprimentos de onda que compõem a luz branca. Durante o dia, por exemplo, a cor predominantemente dispersa é o azul, razão pela qual esta é a cor do céu. Já na umbra a cor mais dispersa é o vermelho. Assim, dependendo das condições atmosféricas, a lua adquire uma coloração que vai desde o amarelado, alaranjado, até o vermelho, ou mesmo completamente escura. O eclipse avermelhado é popularmente chamado de “lua sangrenta”.

A ocorrência do eclipse é dividida em fases, que recebem os mesmos nomes da classificação citada anteriormente: o início da fase penumbral, quando a lua está na região de penumbra; a fase parcial, quando o disco lunar está parcialmente na região de umbra; o início da fase total, quando a lua está totalmente na umbra; o máximo do eclipse; o fim da fase total, seguido do fim da fase parcial, da fase penumbral e do eclipse. Os horários de cada fase do eclipse de segunda-feira serão: o início do eclipse, com a fase penumbral, à 00:36, o início da fase parcial à 01:33, o início da totalidade às 02:41, o máximo do eclipse às 03:12, o fim da totalidade às 03:43, o final da parcialidade às 04:50, e o final do eclipse às 05:48.

Este eclipse lunar total coincidirá com a superlua. A lua, ao orbitar a terra, possui uma trajetória elíptica, onde a terra se localiza em um dos dois focos da elipse. O segmento de reta que liga os dois focos se chama eixo maior, já os pontos de intersecção da trajetória com o eixo maior se chamam perigeu, o ponto mais próximo da terra, e o apogeu, o ponto mais afastado da terra. A superlua é quando a lua está próxima do perigeu e sua luminosidade e tamanho aparente são maiores.

A observação do fenômeno astronômico é preferível em locais com pouca iluminação artificial, como lugares afastados dos centros urbanos. Também, as condições climáticas, podem influenciar na visibilidade.

Lucca Radicce Justino

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